Quando o silêncio se arranchar junto de mim Nestes confins, onde a saudade fez morada Lua timbrada no sossego das alturas Cevando um mate pra sorver a madrugada Quem traz distância nas retinas estradeiras Abre porteiras quando a dor da solidão Vara o galpão e contamina quem mateia Tecendo a teia que enrredou meu coração Se o amor anda distante dos limites do lugar E só em sonho minha mão te alcança um mate Sei que renasce nas flores que hão de ficar Dentro do rancho, perfumando o nosso catre Quem sabe o verso que pousou na flor vermelha Siga as abelhas e consiga te encontrar Pra te falar da dor do amor que alucina Na triste rima de quem vive a te esperar E se meu verso não puder te convencer E o teu silêncio for resposta pra esta ausência Tenhas certeza que as flores da primavera Serão mais belas se voltares pra querência Se o amor anda distante...