Não adianta me olhar Com esse jeito de quem Não comeu e não gostou, Você teve tanto trabalho, Pulou pra chegar lá no bairro, Mas aí, se machucou, E agora vem com essa prosa, Cuidado que eu sou verde-rosa, Por favor, chega prá lá, Tira o cavalo da chuva, Esquece esse cacho de uva, Porque não vai dar, Pra você ir pegar. Eu sou da mata, Menina da pela mulata, Das minas de ouro e de prata, Curtida no sol e no ar, Sou do calango, do bumba-meu-boi, do fandango, Se falam do samba eu me zango, Começo a sapatear, E você não me engana, Se não rodo minha bahiana, Não pra você nunca me segurar.