Jair Naves

Um Trem Descarrilhado

Jair Naves


Pavor que eu sinto nos ossos,
é mais do que eu suporto
Numa convalescente crença, eu me escoro
eu sobrevivo como eu posso

Enche o meu copo,
que o amor encubra o som do mundo a ruir
Ora é desgosto, ora é ódio
estampado nos meus olhos
Não sei quanto a você, mas eu não me conformo
Nos tiraram o que um dia foi nosso

Então fecha os meus olhos,
que o amor encubra o som do mundo a ruir
Vem no meu colo,
que o amor encubra o som do mundo a ruir

Ah, o que me condena?
Ah, quão longa é a minha pena?
Ah, é essa agonia interminável a minha sentença?
Ah, a sensação de não pertencimento ainda me enfrenta

Posto à prova, um fardo eu carrego
um coração inquieto, um trem descarrilhado
Vendo o mundo a ruir,
para onde eu eu devo ir?
Vendo o mundo a ruir,
o que os céus me reservam?

O mundo a ruir

Eu sei de cor, eu sei
Eu sei de cor
A lei maior, eu sei
A lei maior
A luta se faz valer
pelo que eu julgo certo, por só ter feito o bem
A lei maior, eu sei
A lei maior

Eu sei de cor, eu sei
Eu sei de cor
A lei maior, eu sei
A lei maior
A luta se faz valer
por quem me amou e por quem eu amei
O bem maior, eu sei
O bem maior