Olhando pro céu estrelado, da porta da casa ouvindo, O canto dos sapos nas pedras, da água na bica caindo. Me lembro dos velhos tempos, dali onde eu morava. Papai contando as estórias e as lendas do folclore, eu e os irmãos escutavam. Falava da mãe do ouro, que em noite no céu se via, Uma grande bola de fogo, que atrás da serra caia, Indicando naquele lugar, mina de ouro no chão. Aí eu ficava pensando, às vezes a noite sonhando, se era verdade ou ilusão. Papai contava outras estórias, até que eu adormecia, Acordava com o galo cantando, antes que o sol saia. Era dia de moer cana, no Engenho da fazenda. Papai nosso engenheiro, trabalhava o dia inteiro, com os tachos e as moendas. Eu puchava o boi no batente, a poeira ia subindo, Garapa descia nos tanques e o bagaço ia caindo, Melado apurando nos tachos e a rapadura surgindo, Papai de pé no comando, comigo estava sofrendo, mas estava feliz e sorrindo. Papai de pé no comando, comigo estava sofrendo, mas estava feliz e sorrindo. Bis....