Há quanto tempo não se vê uma oito baixo Resmungando num galpão? Churumingando no bugio e na vaneira Como antes era neste chão? Em cada canto do galpão um candeeiro Um luzque-fusque de luz fraca e de poeira E a voz crioula da cordeona noite a dentro Se afundava nas campanhas da fronteira Meu pensamento me reponta tempo a fora Relembrando as festanças do rincão Ainda me sinto um piazote de campanha Cantando versos na polca de relação O baile xucro pouco a pouco foi morrendo Não se vê mais a oito baixo num galpão Mas sempre há de renascer tua lembrança Pra que não morram os costumes deste chão!