Assim tranqueia a vida Foi olhando corda crua que entendi a função. De que vale a presilha se não tiver o botão? De que vale o amor, se não vier do coração? Por ser um homem dos bastos trago a querência comigo. De nada vale o loro se não tiver o estribo. De nada vale um abraço se não vier de um amigo. Assim tranqueia a vida, e deste jeito me agrada. Por isto acolhero o sonho ao mesmo sonho da amada. De renascer esperança num rancho de alma barreada. Pela destreza da mão sai um trançado de estouro. De nada vale o guasqueiro se não tiver um bom couro. De nada vale um preparo sem os encontros do mouro. O tempo mostra aos poucos que todo mundo é igual. De que vale o cabresto, se não tiver o buçal? De que vale o bem, se for menor do que o mal?