Nem bem clareia o dia movimento no galpão Em dia de marcação Juvêncio traz os cavalos Eu vou contar por regalo pois sou parte dessa lida E jogo até minha vida para botar um pealo Quando largo de bolqueada junto ás patas do boi E num grito de se foi atiro de sobrelombo O chão termina num rombo a armada tá cerrada Só escoro a trompada que garante mais um tombo De encontro ou de paleta eu atiro bem de chapa As rodilhas da ilhapa se desmancham pela mão Um pealo de cucharra atiro qual um mundéu A cola vira pra o céu e a cara beija o chão Se o brasino é ligeiro passa por dentro da armada Escapa de uma bolqueada e pega as patas de trás Que sujeira for capaz, eu juro que não mereço Este pealo eu conheço, é o pealo do capataz Meu compadre Anastácio vou botá um pealo pra ti Nós viemo se divertir pagar pealo é assim E antes que chegue o fim lá no meio da mangueira Nem deixa baixá poeira, bota um pealo pra mim Por essa vida campeira nas marcações que andei Muito pealo já dei, mas também fui pealado E com a prenda no costado ando pensando pra frente Sabendo que o fim da gente é um pealo debochado