Os prazeres que eu tinha não diminuiu Eu fui numa festa num lugar baixio Na minha chegada que o povo me viu Soltaram rojão, pro ar explodiu As moças bonitas na sala saiu Passou por nós dois, pisando macio Sapatinho novo no pisar ringiu Vendo moça bonita, das feia eu desvio O meu coração quase repartiu Tem gente que fala violeiro é vadio Essa carapuça pra mim não serviu Eu entrei no salão, o povo aplaudiu Peguei na viola e as cordas tiniu Meu peito cantou e nunca mentiu O meu companheiro que me garantiu Cantei moda nova que ninguém não viu Era um dia de geada, o gelo caiu Eu passei a noite me dando arrepio Os velhos da fogueira que não resistiu Beberam quentão, a ideia fugiu No fim houve briga ninguém acudiu Tudo aquilo era pra esquentar o frio Os velhos de fogo perderam o brio Um velho xingou, outro arrepelio Brigaram no tapa, orelha zuniu O povo da festa na hora se abriu Os velhos brigava naquele feitio Pulando pra cima que nem dois tiziu Na arma de fogo ninguém não bolio Foi no pé e no tapa que a briga seguiu Os velhos na roda virou corropio Pra cima de mim a briga investiu Eu pulei a cerca a viola caiu Chegou a policia fazendo psiu O povo quietou e não deram um pio Um velho ficou, o outro sumiu Com a voz de prisão ele reagiu Lutava bastante, não escapuliu Borracha cantou de fio a pavio Amarraram o velho com forte marriu A velha do velho quase recaiu O meu companheiro se atirou no rio A polícia deixou o terreiro vazio Acabaram com a festa e o meu desafio