Tomei emprestado um terno alinhado Pra ver meu bem Fui andando a pé, não tomei nem café Pois não tinha um vintém Parei na calçada todo apaixonado E ela passou Com seu carro do ano, numa poça d’água Meu terno molhou Nem sabia que eu A esperava a sofrer E o terno emprestado Só botei pra lhe ver A lama da rua cegou os meus olhos Quando ela passou Toda indiferente nos braços de outro E nem me notou Chamei o seu nome e nem pude ouvir Minha voz a chamar Pois seu carro corria, na curva sumia Do meu triste olhar Nem sabia que eu A esperava a sofrer E o terno emprestado Só botei pra lhe ver