Eu de muito longe venho Percorrendo seu desenho Que o tempo esculturou Remoendo o passado Ruminando como gado As coisas do meu sertão E pra tocar nesta viola as minhas mágoas O pó da estrada e a solidão É só rompendo a escuridão Da madrugada E pra tocar nesta viola os pensamentos Nesta estrada que eu invento Sem rumo sem nada É só rompendo a luz do dia Na caminhada Neste chão que é só poeira Onde a chuva passageira Há muito tempo não chora Nesta vida o que eu tinha Além dessa violinha Lá se foi estrada afora