Jamais esquecerei um grande amigo Que há muito viveu comigo Companheiro de jornada Nas épocas passadas Chorava eu na sanfona ele no pinho Cantava igual a um passarinho Até alta madrugada Depois este amigo meu morreu Até a minha sanfona emudeceu Um dia próximo senti minha inspiração E eu então fiz este choro que é uma recordação No choro eu demonstro sentimento Que fez muitas vezes meu coração pulsar Eu que era tão alegre e fico triste Outro amigo pra mim não existe Quem me dera se ele um dia pudesse voltar Ele dorme o sono da eternidade Em seu tumulo tem escrito: “O jazigo da saudade” Quando ele partiu daqui pra o além Não deixou um adeus a mim por despedida Agora recordando a boemia Não tenho mais alegria Sinto falta de alguém