Todo baiano é dengoso Toda baiana é fogosa Ele se achega cheiroso Ela se lhe abre pra prosa E aonde essa prosa vai dar? (Dá-se onde quiser, oh, menina Mas só se estiver madura pra dar Pode ser no embalo da rede Ou mesmo durante o jantar No percurso Barra-Ondina No balanço do barco no mar É mesmo onde se quiser remexer Pra todo o prazer saltitar Aqui não se fica sozinho E quem gostar de você Vai se dispor ao ensinar Se nascer um barrigudinho Viva o Pai! Oxalá! Mas que baianidade é essa Que não se vê em outro lugar? Ele balançando essa coisa Como querendo tocar É instrumento, papai? Dê logo um Mi, ou um lá Menina, eu vou logo dentro Mas só se você aceitar Se nascer um barrigudinho Viva o Pai! Oxalá!