Mãe, vem por mim Que ante o fim, eu sozin Não sei lidar E Ela disse assim: Por isso tamo vivo Pra nos desenvolver e edificar o coletivo Sangue escarlate, por isso tamo vivo Por cada mãe cansada no transporte coletivo Por quem carrega o peso, limpa a pia e bota o gelo no isopor Por quem atura ileso a tirania de um opressor Por quem começa o dia em pé na fila do BRT Pela Luz que alumia né? A mim, à Mari, à Dalva e ao Dropê 1 por amor-próprio, 2 pelos amigo Trindade na família e sempre porque tamo vivo 1 por amor-próprio, 2 pelas amiga Uma só família porque a luta é coletiva É chão, é terra E a natureza berra Gente, é muita gente E anda pra frente porque erra Nem sempre na vida a Vida diz sim Dou colo ao babaca que existe em mim São coisas do ego que só no guindaste Diz que é no filter, põe brilho e contraste Tapando buraco, buscando prazer Fingindo alegria, fingindo blasé Não sei se é vaidade ou empoderamento O algoritmo manda viver o momento Mãe, vem por mim Que ante o fim, eu sozin Não sei lidar Por quem respeita as tia, as vó, os vô e os professor Por quem te diz bom dia, obrigado e por favor Tomar no cu pra lá quem acha que isso é démodé Porque respeito é a base que constrói o ser Menina com menina, menino com menino Vale tudo, honey baby, se o amor é genuíno Menina com menino, menino com menina Vale tudo, mi cariño, se a emoção é genuína Karnal, Pondé Nos digam qual vai ser Segundo os pouca vibe Não vai ter mais namastê 2019 e o lugar é da fala Novela deforma e o golpe não para Bancada da bíblia, do boi e da bala E vocês disputando que erva é mais clara Essas porra de like, vingança e intriga A moda e o hype é o rei na barriga Em verdade vos digo, meu mano, minha amiga Pelo formigueiro trabalha formiga E Ela disse assim: Por isso tamo vivo Pra nos desenvolver e edificar o coletivo Sangue escarlate, por isso tamo vivo Por cada mãe cansada no transporte coletivo Mãe, vem por mim Que ante o fim, eu sozin Não sei lidar