Trabalhador que malha, que batalha e que trabalha Sol a sol, dia a dia Mãos calejadas de segurar a inchada De lavrar a terra e semear, Na esperança de ver o que vai brotar? Trabalhador que produz pra cidade e pra nação Derrama o suor na terra quente e na geada E faz a mágica beleza terra e grão, germinar o pão! Ai, o que seria de nós arrogantes, grandes ignorantes Dos mistérios da vida? Amantes do papel e da vitrine, Estamos sendo programados passivos ao sistema? Por ser amante do papel e da vitrine O ser humano está vendendo a sua alma a cada dia! Trabalhador, te mantém aí fiel! Pra que o grão seja moeda... ...e o estômago da cúpula não ronque És tu quem sabes que o singelo ainda é vida E mesmo sem papel, tu produz a nossa história! Trabalhador: Trabalha! Trabalha! Trabalha e te contenta com o que sobra de migalha Porque digno do fruto sempre foi O afortunado que não planta, Nem conhece a origem da vida! Ah, se grito, se sou louco, se extrapolo, É porque te conheço e dou a mão a palmatória Se o suor que derramas, mata a sede deste solo Tua força e teu labor revigoram os dias, de luz! Ai, o que seria de nós arrogantes, grandes ignorantes Dos mistérios da vida? Amantes do papel e da vitrine, Estamos sendo programados passivos ao sistema? Ôoooo! Ôoooo!