Ivonil do Carmo

Essa Chuva Que Não Para

Ivonil do Carmo


Sinto a falta do sorriso e o teu cheiro de jasmim
E essa chuva que não para
Se a saudade me levar eu prendo um grito na garganta
Dói de lembrar

Minha voz já não te alcança a distância no vazio
De lembrar quase te escuto
Essa extremidade é um fio num caminho que me leva
Longe dessa solidão

A vida passa, a hora é essa, sobrevivo
O tempo passa por entre jardins
Ainda te espero nesta estação
O trem que te levou não quer voltar

Eu posso ver a chuva, eu posso te buscar?
O medo da certeza d’eu nunca te encontrar
Palavras vão ao vento, onde é esse lugar?
Eu corro contra o tempo
Conto as horas pra te encontrar

Meu doce remédio
É lembrar que eu não estou sozinho em pensamento
E que esse dia vai chegar
E arrancar isso de nós, e arrancar isso de mim