Olha quanto mais o tempo passa, menos acho graça aqui Numa correria o povo vive, parece que nem sabe aonde ir É feito um rebanho desgarrado nada de se reunir Quando vim morar nesta loucura a felicidade eu perdi Ô coisa estranha esta cidade, muros separando amizades Diferente do que já vivi O Sol que nascia atrás da mata, nasce na poluição Deixa o dia triste, amarelado, não me acostumo com isso não Sabe aquela Lua prateada, que brincava no céu do sertão? Aqui aparece acanhada, a cidade ofusca seu clarão O jeito é pegar minha viola, juntar a matula ir embora E assim seguir meu coração Aqui não dá mais, só vejo um jeito Seguir o caminho para outro eito Aqui não dá mais, saio desta joça Tô picando a mula, voltando pra roça