Abre a janela formosa mulher Cantava o poeta trovador Abre a janela formosa mulher Da velha Lapa que passou Vem dos vice-reis E dos tempos dos Brasil imperial Através de tradições Até a república atual Os grandes mestres do passado Dedicaram obras de grande valor A Lapa de hoje, a Lapa de outrora Que revivemos agora As serestas quantas saudades nos traz Dos cabarés e as festas Emolduradas pelos lampiões a gás As sociedades e os cordões Dos antigos carnavais Olha a roda de malandro Quero ver quem vai cair Capoeira vai plantando Pois agora vai subir Poeira, oi, poeira O samba vai levantar poeira Imagem do Rio antigo Berço de grandes vultos da história A moderna arquitetura lhe renova a toda hora Mas os famosos arcos Os belos mosteiros São relíquias desse bairro Que foi o berço de boêmios seresteiros