Eu sinto tanta saudade da vida simples no campo O verde capim viçoso, cobrindo o chão como um manto Pintadas de branco, lembro, umas casinhas distantes Era um quadro assim, perfeito que combinava com jeito O branco puro da paz, com outras cores, vibrantes Estrada de terra e a sua tonalidade amarela Em busca da fé, domingo, em visita à capela Ir em procissão seguindo seu calmo e lento trajeto Um povo que sem maldade compartilhava amizade Com muita sinceridade, bondade, amor e afeto Conversa fiada solta pelos bancos lá da praça Com os meninos correndo, fazendo grande arruaça Fartura pura na mesa, feita pelas quitandeiras Ocultando algum desejo na timidez em segredo O olhar sempre acanhado das moças namoradeiras Sinto saudades de tudo, e sei que valeu a pena Quando o passado reprisa, memórias voltando à cena Em meio a tanto tumulto, correria da cidade Só consolo o choro aqui ao lembrar que conheci Na vida simples do campo, a minha felicidade