Fui nascido e criado na roça, já denota meu jeito de ser Meu estilo caipira não nego comigo carrego o que pude aprender A mão grossa no cabo da enxada foi moldada até calejar Já pequeno aprendi no eito, preguiça é defeito, bom é trabalhar Eu aprendi ver a cada dia, alegria onde ninguém vê Com a lua num dedo de prosa, tocando viola posso me entender Planto e colho, é minha cultura, pra fartura depois espalhar Espalhado aqui no sertão o amor pelo chão é que faz germinar Vejo o sol nascer e vida espalhar Nem posso me ver em outro lugar Vivo enraizado, neste sagrado chão que nasci Sou simples de tudo, este é o meu mundo Sou feliz assim! Não tem luxo, aqui é costume, se assume do jeito que é Não existe disfarce ou mentira, que seja a vida como Deus quiser Que o tempo seja meu amigo e comigo e passe devagar Que ainda muitas primaveras aqui nesta terra eu veja chegar