Às vezes de olhos fechados, no meu canto aqui parado
Eu consigo viajar
Meu pensamento aprumo, ele segue por um rumo
E sei onde vai chegar
Mato verde, invernada, cafezal e uma palhada
Bem pertinho do pomar
A paineira majestosa, que espera ansiosa
A primavera chegar
Ê, a saudade cresce! Ah, se então pudesse o tempo voltar!

A paisagem de repente, toma forma em minha mente
Convidando a retornar
Eu ali me imagino, as imagens vão surgindo
Em tudo que eu recordar
A nascente o rego-d'água, lá no poço onde deságua
Eu moleque a ia banhar
Da minha infância saudosa, a memória caprichosa
Tudo pôde reprisar
Ê, a saudade cresce! Ah, se então pudesse o tempo voltar!

Parecia ao meu alcance, o que eu via de relance
Mas não podia tocar
Me senti angustiado, quando pôde o passado
Outra vez se revelar
Um ranchinho onde o telhado era de capim trançado
Chão batido pra pisar
Dois velhinhos tão bondosos, os meus pais tão valorosos
Que no céu foram morar
Ê, a saudade cresce! Ah, se então pudesse o tempo voltar!

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