Um dia, longe ou perto, não sei, quando for minha vez de parar de cantar Aos amigos de sempre uma coisa eu peço, que não calem a voz Enquanto me despeço, não deixem o silêncio ocupar meu lugar Certas coisas sei, digo com clareza, dei vida à canções, sufoquei tristezas Respirando versos, brincando com rimas Já cantei chorando sem ninguém notar, sentindo a saudade no peito apertar De algum lugar que é de minha estima Em palavras simples assim como eu sou, fiz este caminho até onde estou Escrevendo a história no livro do tempo Levei minha vida assim, sem reclamar, confiei em Deus pra me ajudar Presença divina, sempre o meu alento Já cantei pro Sol e cantei pra Lua, cantei no sertão e também na rua Fui moda de roça aqui na cidade Levei a viola protegendo o peito, tirando da frente algum preconceito Que não entendesse o que é felicidade Enquanto não sei o ponto de parada, sigo rabiscando versos nesta estrada Cada vez mais lento, mas com alegria Amigos ajudem minha voz cansada, amigos de sempre, velhos camaradas Pra que não se cale nossa cantoria