Eu prossigo arribado É sina de cantador Pra refazer a viagem Que fizera meu avô Minhas andanças pela zona do salgado Muita terra muito gado Pelas brenhas do Pará Só de passagem pelas terras Bragantinas Dancei xote com as meninas Mais bonitas do lugar Mas eu não sei se ando rumo ao norte Até aqui eu não parei de andar E comer pó por essa beira de estrada Meu bisavô só viajava de cavalo O meu avô, um belisário de Maria fumaça Riba do trilho Tocando a locomotiva No fuck, fuck Bem ativa, bem danada pra chegar Eu desse tempo de avião e gasolina O meu caminho é serpentina não há trilho pra trilhar Atravessando a ponta de Paragominas Fui desaguar, lá em salinas Bolei no meio do mar Maracanã, Vizeu, Baião, Ponta de Pedras, Bujarú, Parauapebas, Tracuateua e Cametá Tomé-açu, Vigia, Beja, Abaetetuba, Marapanim, Mocajuba, Moju, Bagre e Marudá Santarém novo, Ourém e Quarenta e Sete A claridade se reflete na ponta do meu punhal Cachoeirinha, pedra, poeira e garimpo, Tal da cachaça, pistola e brinco Viver, morrer e matar