Quero ser o colibri da manhã No frondoso flamboyant, repousar Viajar de flor em flor, no afã De imitar o Peter-Pan, meu herói Dia desses, ao sentar no divã Viajei num Djavan de vinil Do Brasil, eu fui ao Vietnã Praticar tai chi chuan que não dói Ressonei num MD de Chopin Deslizei no tobogã de uma flor Fiz amor, sobre um tapete de lã Com a mais bela cortesã de Hanói Me afoguei numa caneca alemã Perdi todo o meu l'argent em Moscou Dei um show, numa boate em Omã Dancei mais do que um galã do bolshoi Resistir às tentações de Satã Sem provar da tal maçã, foi cruel Fiz rapel numa caverna Afegã Onde a casa talibã se constrói Fui no templo de uma deusa pagã E a divina anfitriã me encantou Apagou a minha aura cristã Quase a fúria do titã me destrói Pra voltar, fiz um pedido a Tupã Emprestar-me o talismã de Moisés Ao invés de retornar a meu clã Fui pro golfo do Iran, num destróier De carona, numa nave espiã No final do ramadã me mandei Acordei meio febril, de manhã Traz-me chá de hortelã, tô dodói! Resistir às tentações de Satã Sem provar da tal maçã, foi cruel Fiz rapel numa caverna Afegã Onde a casa talibã se constrói Fui no templo de uma deusa pagã E a divina anfitriã me encantou Apagou a minha aura cristã Quase a fúria do titã me destrói Pra voltar, fiz um pedido a Tupã Emprestar-me o talismã de Moisés Ao invés de retornar a meu clã Fui pro golfo do Iran, num destróier De carona, numa nave espiã No final do ramadã me mandei Acordei meio febril, de manhã Traz-me chá de hortelã, tô dodói! Traz-me chá de hortelã, tô dodói! Traz-me chá de hortelã, tô dodói! Traz-me chá de hortelã, tô dodói!