Boleio a perna no rincão dos macanudos Pra matar a minha sede tomar um trago bem graúdo Venho cansado de tropeada e de reculuta Na folga da lida bruta vou dançar um xote bem crinudo Venho estropeado nessa lida de peão Chapéu tapeado esporeando um redomão Pala encardido de lustrar balcão de copa Depois de entregar a tropa eu tô de volta ao velho chão Eu sigo a trote nesse xote No compasso da cordeona De-lhe chique se a lorote Minha alma redomona Coisa gaúcha um surungo animado Xotesito figurado com as chinocas dançadeiras Costume antigo do velho rio-grande amado Dançar xote sapateado de fazer levantar poeira Sou conhecido nas bailantas do meu pago Pelos ataves que trago e o respeito da nação Tenho tropilha de verso xucro e poesia Ajorjados de melodias que brotam do coração