Quem me vê passar quase sempre nem sabe Dos dias ruins e do temporal que passou É o tiro que vai, o sangue escorre no rosto O brilho eterno que então se apagou Segura a mão tão forte que me da um desconforto Nunca pôde ser, nunca foi e não pra mim Quando canto essa canção encontrei o fosso Do lado contrário que nasceu teu jardim Quase sem um por quê Quase sempre, por quê? Sempre soube por quê Os dias vão passando, baixinho Os passarinhos nos galhos, pianinho O vendaval já se foi, meu benzinho Quem me vê parado certamente já sabe Que eu bebi demais e você não voltou É um aperto forte, um desgaste estrondoso Tarde de domingo que você se mandou Não encosta, fica longe que eu não sou seus amigos O abandono é o banquete e esse prato sobrou Na rua o meio fio é o carnaval oprimido Acordo, já está tarde e este sol me cegou Quase sem um por quê Quase sempre, por quê? Sempre soube por quê Os dias vão passando, baixinho Os passarinhos nos galhos, pianinho O vendaval já se foi, meu benzinho