Já foi cais, porto seguro Hoje trapézio sem rede Já foi flor, fruto maduro Hoje árvore com sede Cândida sinceridade Virou bala de canhão E a compassividade se tornou Mais rara que água no sertão Um equívoco sem par Querer ver na escuridão Raio no mesmo lugar Ter cega compreensão Me balanço ao conhecer Todo o risco de cair Dou à planta o que beber Mesmo que venha a ruir Mas não quero atirar Essa bala de canhão Ao desejar lhe mostrar Minha parte de razão Posso ainda te encontrar Mas se for pra ser melhor Pode vir me transbordar Completude eu posso só Pode vir me transbordar Completude eu posso só Não te cabe o revés Pois cais e o porto que segura Agora são meus pés Pode vir me transbordar Completude eu posso só