Qualquer minuto que se passe Na cidade é importante Eu levo a sério a poesia Existe um céu dentro de mim Com a lua cheia e ninguém vê Veja você! Confesso a minha covardia De abraçar a noite E me esconder do dia Embora estenda as mãos Da minha poesia Pro dono da festa Em que o sono dormiu Qualquer minuto que se passe Não se passa por acaso Eu levo a sério a fantasia Existe um mar dentro de mim Que me transborda e nem você Pode entender O impossível desconhece A paciência do possível Eu me refiro à covardia E ao coração que agora está Já por um fio, torto, frio... Não procure entender Outros motivo há Pra que eu não seja à toa E evite navegar Com os anjos de Lisboa Um tripulante a menos Da nau secular de Fernando Pessoa Em terras do Brasil.