liberdade que ainda tardia! a frase nunca se cala por todos os preços abusivos no custo da cesta básica as correntes que me envolvem estão mais fortes a cada dia desespero da sobrevivência difícil ficar fora da máquina você se mata pra matar a fome, se vende pra pagar seus impostos e continuamos sempre no colapso apesar dos esforços doentes e aprisionados pelo custo de vida liberdade! Suas asas não voam, são tantas feridas! são tantos os tormentos, baixas que nos levam a sofrer libertas quae sera tamen! mesmo ferido não me esqueço, tenho que tentar viver e me libertar... entre a fila dos desempregados e as algemas do trampo desumano estou mais pro olhar de esperança do velho bêbado caído no canto com ou sem euforia me pergunto o que resta a acreditar? dignidade e emancipação! Quando será? os meus sonhos sendo engolidos pela situação especulações financeiras desandando a minha vida o dilema plebeu do pai de família sem 20 centavos pra comprar um pão fica fácil compreender o ferro em sua mão às vezes penso que mesmo tentando você nunca sai da senzala sabe aquela sensação - o mundo conspira as paradas dão sempre erradas mesmo perdendo a partida não posso parar de jogar ainda quero me sentir vivo e poder respirar liberdade que ainda tardia! como disse o jovem pessimista o que há de glorioso em ralar a vida inteira por nada? pra acabar numa sala escura, entretido com o programa medíocre vegetando e esperando a morte chegar tarde demais!