Sou índia morena queimada na praia Que o rio Araguaia tem por natureza Sobre a areia branca deitada na esteira Olhando eu vejo uma cachoeira Forma nas pedreiras murmúrio e beleza À noite eu procuro o meu agasalho Ouvindo o orvalho cair nas amargens Em plena saúde sem medo e cansaço Deitada na simples esteira que faço Eu durmo nos braços de um índio selvagem O dia amanhece eu deixo a aldeia Levo uma Bateia para explorar As ricas jazidas nas terras distantes Águas de marinhas, Topázio e Diamante E outros brilhantes que existem por lá Eu sou brasileira de sangue mais forte Que anda no norte fazendo sucesso Em todas as lutas eu sou campeã Deixo o inimigo estendido ao chão Porque no sertão eu mando e não peço