Nasce o céu, muda o tempo alvorada Cai o véu e a manhã nasceu dourada Lá fora o meu guri sorri e vem brincar Vem descobrir o dia e o Sol Zombar do ar, se levantar Duro o chão, perde a boca na janela Riu a mãe, o moleque ri banguela Guri, saudade, liberdade quis chegar E nela me prender e me soltar Voo incerto Os pés confundem O céu e o chão O tempo, a dor Seu caminhar Corre o Sol, corta o vento, revoada Déu em déu, vem chegando a namorada Aqui sinto vontade do meu chão, meu lar À terra um grão repousa, recai, germinará Arde a tarde, venta e cheira a enxurrada Barro quente, terra boa, pé na estrada Pra dentro onde encontra o cio a festejar Um coração rebenta em mim Dorme o céu, Lua nova, Lua aurora Meu guri sonha simples, o Sol arvora