Filho de ninguém Exposto à boa sorte Ao vai e vem da vida Sem ter quem lhe conforte O carinho e o lar paterno Ele espúrio a mendigar O afeto de mamãe Que jamais a conheceu E sem mamãe quer esperar Sério sofrimento e angústia Foi o que o destino lhe deu Certo nos seus passos caminhando De farrapo vê coberto o corpo seu Sem abrigo e sem um lar Sem amor e sem ninguém Dorme às vezes nas calçadas Só lhe olham com desdém Se o Sol lhe queima a face Vem a chuva lhe molhar Definhando a pobre alma Faz a vida condenar