De ímpeto estalou tudo, A realidade ociosa e febril Enfermou-me a alma. A solidão range- me nos ossos, Como uma porta a abrir, Semelhante à que vejo, Quando fecho os olhos e me mata, Cada cicatriz uma lembrança, Cada gume um sentimento. Eu não me sinto daqui Sou do passado, da idade do fim Réstias de vida, De uma morte permanente. Quero ver-te na penumbra, Desejos que me vejas a morrer.