Deito na tentativa débil de dormir Pois se o dia amanhecer Sem que eu esteja pronto pra partir Eu não vou alcançar o metrô E nem vou saber se sou Capaz de entortar linhas pra te ver de perto Sento-me absorto, a mão no queixo e tento discernir O que não ouso explicar Das verdades de que jamais me convenci Eu não sou um auto-ditador Meu escravo e meu senhor Um capataz levando ao tronco o que lhe resta de afeto Mas é sempre assim Tu és inferno nesse sonho bom Tu és o frio nas duras noites de calor É sempre assim Eu busco o riso que transcede a luz e o som Eu busco alguém que compartilhe o meu amor e o meu fervor Deito na relva ou no vácuo sem fim Te amo hoje bem mais DO que ama sua cachaça o bebarrão E travei batalhas tais Que tantas vezes pareceram ser em vão Te quero em concretude Tuas belas formas de harmonia e abstração E em lágrimas de sangue expressaste a juventude Que um dia eu senti na tua mão Mas é sempre assim Tu és inferno nesse sonho bom Tu és o frio nas duras noites de calor É sempre assim Eu busco o riso que transcede a luz e o som Eu busco alguém que compartilhe o meu amor e o meu fervor Eu busco o riso que transcede a luz e o som Eu busco alguém que compartilhe o meu amor e o meu fervor