Vejo tantas mentes calculistas mirabolando minas de carvão Só pra ver se me sufocam, se corroem minha obstinação Já é o segundo raio que cai bem em cima de mim Fulminando assim minhas concepções E por mais que a vida insista em continuar Aqueles velhos dilemas já não me comovem mais E por mais que eu tenha troféus dos quais me orgulhar O que me era mais caro eu vi passar entre minhas mãos Lembro das falácias infinitas e dos segredos que eu queria revelar Sinto nas feridas doloridas toda a vertigem que queria sufocar É o medo de descer do muro e viver E então sentir não ser seu próprio "eu" Não quero paz, ainda não cansei de guerrear Contra o meu próprio caráter, minha dissimulação E por mais que a consciência insista em pesar Eu vôo pra bem longe, estupidamente pra lugar nenhum Eis minha redenção Um mundo torto a me encantar E do fundo do meu hipotálamo eu juro... Que sou vil