Mais vale o opaco do asfalto E o sumo negro do carvão Que o rubro intenso dessas veias E com seu brado de assalto O monstro cego da razão Tomou pra si a nossa aldeia Estamos sós E o nosso algoz agora é deus Tu queres ser ele também Nenhum de nós Quer sentir pesar nos nervos seus Os nós da forca de outro alguém Mais vale o esgoto pros ratos E a cela suja pro ladrão Que o jundo são que nos rodeia Só acreditas no sensato Pra ti mais vale a equação Que a emoção que nos norteia EStamos sós Sós num caminho que perdeu A dor e a graça do talvez Nenhum de nós Quer perder migalha do que é seu Pra curar as chagas de vocês