Seus olhos estão tão vermelhos Sua mente está no infinito Me diz o que foi meu amor Você anda tão Você anda Você anda tão esquisito! Meus lábios estão tão secos Minha alma, obcecada No caso o que falta é prazer Semente pra Somente ser Só lamente Pois prazer não basta! Aquele garoto que passa que vai sem os sapatos nos pés Parece um barco sem vela remando de encontro à maré E conta piadas estranhas com o sorriso experimental Parece uma parte da soma que Deus subtraiu do total E acha que o púlpito é palco e se declara ateu e á toa E corre pelado de salto recitando Fernando Pessoa E conta piadas estranhas com o sorriso experimental Parece uma parte da soma que Deus subtraiu do total! Lá vai, é um poeta do nada De sonhos calados, um tanto malvados Que acabam quase sempre Renitentes, descontentes no chão E por mais que tente Toda essa gente Não entende ele não Não entende ele não Não entende