Justiça, Justiça, Justiça é o que se pede (Justiça) Justiça pras mulheres Justiça, Justiça, Justiça o povo espera (Justiça) Ao povo sem terra Justiça, Justiça, Justiça sem demora (Justiça) Ao povo quilombola Justiça, Justiça, Justiça em tempos vindos (Justiça) Justiça para os índios Justiça, Justiça, Justiça um corpo ereto (Justiça) Ao povo sem teto Justiça, Justiça, Justiça verdadeira (Justiça) Ao pescador e marisqueira Noite brava, Mergulhão, Jararaca, Azulão Corsico que era Cristino, Virgulino, Lampião Besouro, Zabelê, Viriato, Gitirana Moderno, Ezequiel, Labareda, Cajarana Volta-seca, Seca-preta, Sinhô Pereira, Bananeira Meia-noite, Sabonete, Cabeleira, Catingueira Quina-Quina, Jesuino, Lamparina que atiça Cangaceiro e Conselheiro morreram sem ver justiça Onde foi parar seu foco? Onde foi parar seu veto? Onde foi parar seu voto? Onde foi parar seu feto? Pai, Tataravô, Bisneto, Como viver sem afeto? Como viver sem a terra? Como Viver sem o teto? Eu posso sentir isso no ar, justiça virá E o povo vai se levantar, sorrir, lutar Justiça não vai se render! Capital, banal Balança pra equilibrar, o bem e o mal Espada para justiçar, machado de Xangô O tempo justo vai chegar, já chegou Como Rita Baiana, incontáveis baianas, injustiça, tapa, fogão e cama Pombinha, Macabéa, talvez você também, quantas Cidinhas injustiçadas no trem Tereza Batista, Cansada de Guerra. Sofre Iracema e também Ana Terra Empunha a espada, Diadorim lutava, a vida imita a arte, a injustiça pair, a justiça é falha A injustiça num lugar qualquer, é uma ameaça à justiça em todo lugar Justiça, justiça Justiça, justiça