Já fiz uns rap de revolta, já! Outros que fizeram chorar Já quis a minha caneta de volta, já! Quando as conta tentou tomar Por vezes me senti sozinho Claro que ninguém percebeu Quem come acha que o pão já nasce pronto Nem sabe o trabalho que deu E eu fui um disco rodando no fim O cantor na churrascaria cantando sozim Tipo uma criança cheia de brinquedo Sem nenhum amiguinho pra brincar Último gole do último bêbado Sentado no último bar Triste como um dia de folga sem sol Sozim como o operador de um farol Aah, a vida é mesmo assim Uma peça que é só tua, coração de camarim Aeêh, a vida é mesmo assim Essa peça que é só tua, meu coração Meu coração de camarim As vez meu coração é palco As vez ele é camarim Penso em jogar tudo pro alto Depois recomeço do fim E por fazer o que ninguém quis fazer Por cantar o que ninguém quis cantar Dá a cara pra bater E crê quando ninguém quis acreditar O circo pegou fogo correram, fiquei Tentei salvar o que eu tinha Briguei com Deus e os bombeiro, lutei Mas não abandonei nenhuma linha Fui caneta sem tinta tentando escrever Ferindo o papel, machucando, até que Aprendi quando vi a folha rasgada Não existe vida sem carga! Aah, a vida é mesmo assim Uma peça que é só tua, coração de camarim Aeh, a vida é mesmo assim Essa peça tão só tua, meu coração Meu coração de camarim Caneta sem tinta tentando escrever (-Caneta sem tinta tentando escrever!) Ferindo o papel, machucando, até que (Ferindo o papel, machucando, até que) Aprendi quando vi a folha rasgada (Aprendi quando vi a folha rasgada) Não existe vida sem carga (Não existe vida sem carga!)