Desperto e já me disperço de sonho ruim que sempre incomoda E a mim mesmo prometo que não serei mais o mesmo e que hoje vou mudar Na rua disparo passos sempre apressados vou cruzando espectros que já se esqueceram do que prometeram ao despertar no coletivo lotado de buzinas mudos onde o silêncio grita Sigo sempre perseguido Pelos semaforos que no encarnado dos olhos Esbugalhados estão sempre e me observar Morto eu estou morto e não percebo, atormentado, que morrí às pressas quando saí de casa alguém há de notar