O azedo gosto do mel roubado O corpo despido e ardente de uma cédula de dinheiro que sagazmente remete a Deus O pus conivente das feridas na alma de uma pessoa pura e calma. Sentir os olhos vermelho-raiva vide vil comportamento do cotidiano flagelado Você e eu, lado a lado Imaginar-se sem memória e esquecer o que é certo não saber qual é a porta ou a correta, ou a torta. Viver é como um mergulho em possíveis águas rasas É arriscado, mas poder valer a pena apesar dos machucados, a compulsão é plena. É estranho hoje ver um homem que não tem o que comer, com um sorriso estampado o pensamento aguçado as mãos estendidas e o coração aberto do lado vejo uma pessoa mesquinha alma áura nula, que as vistas desvia do afeto e compaixão por seus sentimentos "POBRES"... "Pobres sonhadores", diz "Pobre que sonhava, o fez porque é pobre. Se não o fosse, realizava!!" "Eu é que sou feliz tenho o que preciso! Amor,se eu quiser eu compro." O pó e o vazio que o preenchem por inteiro a falta de melodia a sujeira do cinzeiro A velhice em claro o semblante frio o medo culposo E um funeral vazio.