Cada eu soul lírico muda a questão do físico No Brasil, quem que opera não se vê na estratosfera Há milianos domam planos de milhões Quem dera! Dirá, dará, lero, leva uma leva Em frente aos cardeais nos sete pontos cardeais Sem crise Só e tu com registros reais Monobloco de pessoas que pensam iguais No propósito de aumentar bem mais Quem fala de crime, na real crime não vê Se eu falar do que vivi, tu não vive pra ver É só uma vez que o Sol gira pra você As vez que faltou cobertor pra aquecer Na friagem tudo ataca, até a falta do nada Xeque-mate Aflição com a alma roubada Atacadão de pessoas na calçada Penhorando o senso em busca da sacada Quer ver o Sol nascer, e se não for dentro de ti? Regredir, vazão, formar um vácuo em si Se permitir voar, mostrar o passo a seguir Denominar a razão além daqui Se gera função, a você se vão por se sentir Viajei na imensidão, busquei o som que omiti Só segui pra ver as crianças sorrir Oferenda Agradece esse som que ofereci Regra de etiqueta, tenta pensar sem sua tribo É treta, né? Tenta ver a entidade por trás da caneta Eu vim com o humor de suassuna Com o ouvido de van gelder Não pra agradar uma lacuna dos bandidos sem revólver Eu atravesso esse fio Sou obstáculo, tio Inverto funções, domino o medo O vento é sabido e frio Bem lido com esse fortuito Mal digo "boa sorte" e fico Não sinto pena de bico Condena a corte e quem é rico Me vi na sala dos cara Papéis induzem que eu assine (Eu não assino!) Convenci-me a não ser ruim (desde menino) Nem dentro desse cassino Com terno e sapato fino Farão a cabeça de quem entende liberdade e destino Sem alarde! É um pouco tarde pra fazer caridade Covarde é não aproveitar de ser uma celebridade Na ceia farta há coragem Fome de banalidade Onde o pior não é não saber É não saber que não sabe É como se a saída fosse nunca entrar no jogo Meu verso é como amônia, neutraliza tudo e todos Entrete real a postura e sua mente Entupiram uma nação de gordura, entretenimento e insatisfação Fácil falar bosta se não entende o social Fecham-se as cortinas e você não é mais ninguém