Vejo em meu futuro, coisas que, cego, plantei; Vejo em meu futuro, guerras que, cego, comecei; Vejo em meu futuro, crianças as quais, cego, despojei; Me vejo arranhado em espinhos, que adormecido, afiei; Me vejo caído em problemas, que desnorteado, criei; Me vejo cobrarem assassinos, que inerte, gerei; Caminhos que desvairado, tomei; Decisões que erroneamente, aceitei; Por minha causa padecerei. Vejo águas em que sozinho, não sujei; E margens secas, por intolerância da humanidade... Vejo em jardins distantes, lírios; Lírios banhados pelo Sol e abraçados pelos ventos; E qual o campo certo pra se estar em um dia comum? Em qual grama deitar-se após um belo dia? Em qual colina subir para ver o Sol morrer?