Dá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá Dá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá Eu com a minha rede na beira do mar Óio aquela vela branca lá no fim do mar Vejo que o céu tá preteando que o sór tá sumindo Vento tá chegando, temporá vem vindo Dá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá Dá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá Cuidado, meu fio É o temporá que manda o vento por cima do mar, ó, ó É o vento que tem braço comprido Que tem mãos grande com unha de ferro, ó, ó É o vento que arranha o mar Que rasga as vela, que faz o risco de fogo no céu É o temporá que manda o vento, meu fio O vento que sai furando por cima do mar Querendo afundar o saveiro e a jangada Pruque o vento é ciumento, meu fio E qué fazê buraco nas água Pra sepultar os pescador, meu fio Os pescador que passeia com a brisa por cima do mar Meus cabelo branco Num me deixa mais pescá Minhas mãos sargada só pode remendá As vela que meu fio carrega no mar As rede que agasaia o colo de Iemanjá Sou véio pescador e uma história vou contá A brisa é namorada do sono do mar A brisa é carinhosa, tem romance no mar Temporá tem ciúme, manda o vento buscá Eu com a minha rede na beira do mar Óio aquela vela branca lá no fim do mar Dá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá Dá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá, rá