Eu ouço teu canto em cada manhã E a cada manhã vejo o tempo passar Breve maresia, sentia que um dia Tu retornaria pra me confortar E desses teus passos que tanto confortam Me fazendo mudo frente teu andar Me via perdido dentro de aparelhos Sonhando acordado até você chegar Deitado ao relento pego pensativo "Será que um dia irei descansar?" Odor de minha alma exala cansaço Saudade de quem sonho reencontrar A minha penumbra que me acompanha Trazendo de volta enorme pesar Será que aquele que mora lá em cima Terá piedade quando me levar? E sonha, sonhar, sonha, sonhará E sonha, sonhar, sonha, sonhará E sonha, sonhar, sonha, sonhará Cortejos que só a morte vai me confortar E sonha, sonhar, sonha, sonhará E sonha, sonhar, sonha, sonhará E sonha, sonhar, sonha, sonhará Cortejos que só a morte vai me confortar Eu vejo tua sombra sentada na escada Olhando sempre pra o mesmo lugar E lá divagando sempre em pensamentos Antes da doença com tudo acabar Sinto sua falta e nem despedida Eu pude lhe dar E por aparelhos eu faço minhas preces Pra chama apagar Me sinto sozinho e nem mesmo filhos Eu tive contigo pra poder cuidar O meu labirinto e nele sozinho Eu sinto que nunca irei me encontrar A minha penumbra que me acompanha Trazendo de volta enorme pesar Será que aquele que mora lá em cima Terá piedade quando me levar? E sonha, sonhar, sonha, sonhará E sonha, sonhar, sonha, sonhará E sonha, sonhar, sonha, sonhará Cortejos que só a morte vai me confortar E sonha, sonhar, sonha, sonhará E sonha, sonhar, sonha, sonhará E sonha, sonhar, sonha, sonhará Cortejos que só a morte vai me confortar