Corroendo o interior incansavelmente Corroendo o interior da incansável mente Comovendo exterior anonimamente sem ética ou métrica Gente dormente Corroendo o interior incansavelmente meu pior inimigo Sou "eu memo" e a minha mente Se quero pôr pra cima também não é diferente Mas tem uns dias aí que eu nem me sinto gente Ser humano, sou carne e osso sou Tenho que correr atrás que nada vem de graça Situação do meu país se encontra uma desgraça E não tem graça, não é piada Tô na praça que não é nossa Procurando a saída ou por onde começar Tô cansada de ouvir que se pá aqui jaz Não, não, não foi bem assim como pensam O desgosto e o apego tem um preço Desde cedo fui criada pra querer, sentir, saber E não foi dado de graça foi eu que fiz por merecer Quando eu era uma criança tive que me reerguer Quando logo ali a maldade passei a conhecer Sem saco, me acho, do lado errado Parada com medo do homem do saco Eu demorei pra entender que ele era o de menos Que o veneno das pessoas vai além do entendimento Senti o abuso carnal, mental, psicológico, lavagem cerebral Falaram pra fazer assim assim assado Eu me afundei na busca do estereotipo buscado Eu vi meu rosto na tela do meu celular Perguntei pra mim mesma Onde vai parar? Onde vai parar? Lágrimas, lágrimas, lágrimas Lágrimas escorrem e aumenta o ritmo sozinho Eu sou agora o meu inimigo íntimo Lembranças não vem, pensamentos não vai E me deixe que sozinha eu sou forte pra carai! Tive que achar o modo avião pra sair viva desse mundo de ilusão O veneno de vocês é momentâneo e passageiro A luta verdadeira dura a vida inteira de um guerreiro Não, não vão parar o meu ser, não, não, não Eu não vou me esquecer! Eu lutei demais pra ser quem sou, andei no escuro Pulei o muro, chorei demais, sofri sem paz Hoje sou fortaleza, meu próprio porto seguro