Ora, o que vejo aqui não é o libertador Um grande profeta aqui bem diante de mim Não vejo insurreição no teu olhar Mas muito se fala sobre ti! Fazes tu milagres? Então faça-os para mim Ora! Tu me lembras outro homem Que muito me fazia admirar Mas também seu sangue sorvi Como um homem sem Deus Sua cabeça fiz rolar Não temes tu também pela tua? Bem vejo que te maltrataram já Fazes um milagre, rompes teu silêncio Que irão te libertar Ora, estou vendo que de profeta nada tens Não me falas nada nem de mal nem de bem Teu silêncio chega a me fazer estremecer Levem-no daqui! Pilatos saberá o que fazer Não havia alegria no cortejo No meio de alguns soldados, sujo e maltratado Miseravelmente desprezado Um homem nazareno, vestido em vestes reais Tombava de um lado para o outro E as cores do cortejo eram O negro da maldade dos homens E o vermelho da dor do nazareno