Da nevoa colorida, ela vai surgir Tocando a pele, mordendo o lábio Um rosto angelical Banhada em mistério, um corpo avassalador Com marcas invisíveis Desde os 12 molestada pelo próprio pai Não sabe onde vai, já não sente o nariz Se consola com a tristeza de seus serviçais Escuta, jamais a ouviram por amor A revolta lhe deu anjos, cinco bocas pra comer E o que vão ser quando crescer? E o que restou pra aprender? Flávia não é seu nome Sim, um dia quer parar, sente ódio do prazer E sonha com um dia feliz Te dá tudo, só não peça real compaixão Grana na mão, assim que funciona aqui Se sozinha, até tenta encontrar no chão algum coração Que se pareça com o seu Você não é o que te disseram, te disseram pra ser Todo dia, uma nova vida te espera lá fora Simples, difícil, bela e sua Flávia não é seu nome Flávia não é seu nome