Na defesa dos “ideais farroupilhas” Negros bravos, campeiros e domadores Cavalgando entre pampas e coxilhas ‘Se’ fizeram destemidos lutadores Empunhando com firmeza suas lanças Combatiam com denodo e austeridade Desmedidos e tão cheios de esperanças Sempre em busca da “sonhada liberdade” Lanceiros negros... ...Homens de verdade Sem direito em mortalhas ou lençóis Na batalha, foram eles os heróis Aclamados filhos da liberdade A revolta tão cruel não terminava Noites tristes perfaziam dias longos E o treze de novembro prenunciava A perfídia na surpresa de porongos Emboscados pelas tropas imperiais Ofertaram sangue, alma e coração Desarmados e com forças desiguais Grandes homens então tombaram no chão E assim se fez o tempo e a distância Ocultando entre sombras a verdade Que pra tantos um fato sem importância Mas pra muitos, lembrado pra eternidade