Em meio a tantos estilhaços Passei andando descalço Calando a boca dos que querem meu fracasso, um abraço Não abaixo a cabeça pra esses pela saco Nos quatros cantos da city verá que inveja é mato De fato! Trago uma bagagem e aqui eu relato Entre fumaças de tabaco e goles de destilado Ninguém do meu lado me apoiando só julgando dizendo que eu tava todo errado Colchão no chão, meu quarto escuro Em meio a papeis e canetas achei meu rumo Vou dominar o mundo Descobridor, navegador e sozinho no escuro Nas madrugadas enquadrado e de cara pro muro Ouvindo vozes me dizendo que isso é só um surto Não ligue pra esses putos Que o jogo sempre foi sujo Eu só dependo de mim sou um poeta E não mais vagabundo! (Sou um poeta) Eu que não tenho nada hoje eu quero tudo Sozinho no escuro, sozinho no escuro Pra quem nunca foi nada hoje eu quero o mundo Sozinho no escuro, sozinho no escuro Mil dias, mil manos, mil tretas 99% delas por bucetas Seus but de mil Que não garantiram sua carreira Minhas ideias e minha caneta Mais pesada que uma marreta De tão pesada até tirei da minha gaveta Hoje me cumprimentam: O Ikke ta muita treta! Não puxa meu saco cê não me viu na sarjeta E nem panfletando para adquirir umas gorjeta Folgado eu sou, eu sei bem o meu valor 320 trampo, então eu sou trabalhor Querido aonde vou, odiado por ser quem sou É Playboy tem olho claro Mas não sabe da onde eu sou Como se fosse no yu-gi-oh Jogando cartas armadilhas Pra transformar meus odios e minhas brisas em poesia Um lobo sem matilha Sem medo da neblina Que não se sujeitou desde o ponto de partida! Eu que não tenho nada hoje eu quero tudo Sozinho no escuro, sozinho no escuro Pra quem nunca foi nada hoje eu quero o mundo Sozinho no escuro, sozinho no escuro