Moça, larga tudo e vem Que hoje a cidade ilumina o céu E a felicidade da gente tá bem Então, nada importa Se teu corpo bate a minha porta trazendo meu norte, amor Imagina a sorte, amor Imagina a troca de olhares Com o efeito de um furacão E o meu querer em ser sozinho sem estar sozinho Sem sala de estar E sem pose de star onde eu podia estar Mas se eu cantar sozinho sem você Então não há razão Moça, eu te trouxe do trem A bala que cê gosta Junto com a proposta de virar as costas pro que não convém Seus pés pequenos, meu ciúme vasto Nosso afeto largo Meu relógio lento Enquanto eu me afasto Sobrevivo em tragos Seu cheiro no quarto, eu lembro No terceiro ato Enfim revivemos Enfim aprendemos como crescer Sem querer nada além de só querer tá ali e pronto Só querer tá ali e ponto Moça, eu largo tudo e vou Moça, eu faço tudo em prol Do seu Sol em mim Do seu Sol As cordas frias, os goles amargos Os postes iluminam o brilho do asfalto Sintetizando pensamentos, tragos A fumaça dança como se soubesse como a miséria me amou Pausas nem sempre são vírgulas Flores não se põe em vasos Dedilhando sílabas Pétalas caídas não são descaso Não me olha assim que eu caso contigo Ou pelo menos me atraso Não me chama se não for dar abrigo Ou tocar em outro compasso Linda, larga tudo e vem Nem sei desse outro alguém Mas sabe que pressa não tem Por mim tá tudo bem